quinta-feira, 28 de março de 2013

Entrevista com DANTE SBRISSIA

A Código Movimento é uma agrupação artística que está em constante contato com artistas da área em todo o mundo. Acreditando que a troca de informações é uma importante ferramenta de formação de um artista, pensamos numa forma de viabilizar tudo aquilo que nos chega - seja por e-mails, pelas redes sociais, ou nos encontros profissionais e pessoais. Para tanto, criamos uma coluna de ENTREVISTAS do nosso blog, para compartilhar com vocês.

 E na estréia, DANTE SBRISSIA, especialista em danças folclóricas árabes. Este baterista amante do heavy metal tem se tornado referência em todo o Brasil, graças ao mergulho que fez na dança há quase oito anos atrás.

Confira a entrevista:

 1- Quem é Dante Sbrissia?
 Ás vezes nem eu sei direito, vamos ver sou curitibano, tenho 30 anos, danço há quase 8 anos. Também sou músico, toco bateria e percussão, tanto árabe quanto ocidental. Sou fã de rock e heavy metal, sou de origem italiana e não tenho nenhuma ascendência árabe.

 2 - Por que você escolheu trabalhar com as danças árabes? 
 Para ser sincero a dança árabe é que me escolheu, pois nunca tinha pensado em dançar, meu negócio era tocar bateria numa banda de heavy metal e nunca achei que tivesse algum talento para dança. Até que um dia minha irmã, que é bailarina de Dança do Ventre me chamou para participar do ensaio do Grupo Folclórico Raiaton Mina Shark. Comecei a ensaiar e quando vi estava me apresentando no Teatro Guaíra e no outro dia literalmente era convidado para ser o bailarino residente do Bagdad Café, que é a mais importante casa de dança e música árabe de Curitiba e convites apareceram, e admito que demorei para me enxegar como dançarino, para aceitar que eu fazia isso e que aparentemente fazia bem.

 3 - Como você percebe o mercado das danças árabes no Brasil?
 Eu vejo ainda de uma maneira muito heterogênea, quero dizer, vejo São Paulo ainda como a meca da dança árabe, vejo Minas com uma cena de folclore bem legal, vejo o Amazonas com uma cena muito própria de folclore e de fusão, vejo Curitiba se modificando e ficando cada vez mais competitiva. Curitiba tem somente 5 bailarinos em nível profissional e não muito mais do que isso á nível amador, todos se dão bem, tem estilos diferentes e nos respeitamos muito. Já no campo feminino é que a competitividade começa, muitas bailarinas boas competindo por espaço e isso já fez o nível da dança e a exposição de Curitiba no cenário muito melhor do que quando comecei, na época somente uma bailarina daqui tinha o selo da Khan El Kahlili e todo ano várias tentavam e não conseguiam, hoje já são diversas bailarinas com certificação, com títulos de concursos, sendo requisitadas para shows e workshops pelo país e exterior.

 4 - De que forma a dança contribuiu para a sua formação pessoal? 
 Olha, eu até hoje sou muito tímido, mas dançar e me apresentar em público me fez aprender a lidar com isso, a ter confiança e isso repercutiu também nos estudos e no trabalho, quando a maioria das pessoas prefere se esconder a falar em público, eu normalmente sou sempre voluntário para apresentações para me dirigir a público e coisas assim.

 5 - Qual é o código do seu movimento, Dante?
 Acho que o código para o meu movimento é a paixão, a gana, a vontade, o sentimento... Sem isso são só passos!

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