segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O vasto mercado da dança

Se você é bailarino (a), então você dança em companhia ou ministra aulas de dança. Certo?
Sim e não.

O mercado da dança é mais vasto que isso.
O bailarino dos dias de hoje é, antes de mais nada, um artista a serviço da dança. O que isso significa?
Significa que aqueles que escolhem a dança enquanto profissão, enquanto meio de vida, vão além da busca pelo prazer e pelo trabalho remunerado. Eles se colocam no mundo expressando-se através da arte de dançar. Podendo adotar posturas políticas sérias ou através do humor, denunciando aquilo que consideram que não esteja bem colocado dentro de um contexto social, mundial, ou mesmo sugerindo possíveis soluções para os mesmos temas. Podem ressaltar o lado poético e/ou cotidiano da vida, e podem ainda, investir em pesquisas científicas, como é o caso da coreógrafa Adriana Banana. Ou seja, os motivos são variados. A forma de abordagem é a mesma: a partir da dança.
Todo este trabalho pode acontecer através de pesquisas que vão desde o tema, passando pela investigação corporal e resultando em diversos produtos; a saber: espetáculos, performances, vídeos-dança, instalações, ocupações, ensaios fotográficos, artigos, livros, etc. Isso demanda entender a dança para além da própria dança.

Hoje em dia é muito comum encontrar artistas independentes. São aqueles artistas que por opção ou falta de espaço no mercado das companhias de dança desenvolvem processos solo onde as equipes de execução, entendendo que não se faz um trabalho sozinho, são reduzidas e montadas de acordo com cada demanda.

É o caso de Priscila Patta, diretora da Código Movimento.
"Eu entendi há poucos anos que não tenho o perfil de bailarina de companhia porque não sou uma bailarina técnica. Poucas companhias de dança trabalham com elenco híbrido, como é o caso da Será Quê, onde dancei por oito anos. Desta forma, precisei partir para uma auto pesquisa a fim de descobrir de fato que dança meu corpo faz, e como eu poderia seguir trabalhando na área.
créditos: Robim Martins

Criei a Código Movimento com o intuito de pesquisar novas linguagens de movimento, de experimentar novos processos criativos e de trabalhar com artistas que me inspiram de alguma forma." (P.P)

Entender-se enquanto artista é a chave para se instalar e permanecer no mercado de trabalho.




QUESTÃO

O que é ser um artista?

Qual é o código do SEU movimento?

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